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Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) estão desenvolvendo um novo tratamento para febre amarela que pode reduzir em até 84% a mortalidade pela doença
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O trabalho investigou o impacto de uma técnica chamada troca plasmática terapêutica (TPE, na sigla em inglês) no tratamento da febre amarela em pacientes com insuficiência hepática aguda, uma complicação com alta taxa de mortalidade.
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Em um quadro de insuficiência hepática aguda, o fígado não é capaz de filtrar o sangue adequadamente, levando ao acúmulo de toxinas no plasma sanguíneo. Diante disso, o novo tratamento consiste em isolar o plasma infectado e substituí-lo por um plasma de um doador saudável
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Para entender se a técnica seria eficaz, os pesquisadores realizaram um estudo com 66 pacientes, divididos em três grupos
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Grupo 1- receberam tratamento padrão em terapia intensiva; Grupo 2- receberam tratamento padrão com TPE em alto volume por três dias consecutivos Grupo 3- receberam o tratamento padrão com TPE intensivo, com duas sessões por dia e infusão adicional de plasma fresco congelado
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Segundo os pesquisadores, o grupo 3 apresentou uma mortalidade significativamente menor (14%) em comparação aos outros grupos: o grupo 1 teve uma mortalidade de 85%, enquanto no grupo 2 esse valor foi de 82%
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Para os cientistas, os resultados mostram que a troca plasmática terapêutica pode ser uma estratégia promissora para reduzir a mortalidade em formas graves de febre amarela, com uma redução de 84% em comparação ao tratamento padrão
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Mais pesquisas são necessárias para confirmar os benefícios da troca plasmática terapêutica intensiva e definir diretrizes precisas para seu uso
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