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As novas tarifas impostas pela China sobre produtos agrícolas dos EUA devem remodelar os fluxos de comércio global, levando o maior importador agrícola do mundo a adquirir mais carne, laticínios e grãos de países da América do Sul, Europa e Pacífico
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Os embarques para a China do Brasil, principal fornecedor de soja, da Austrália, principal exportador de trigo, e da Europa, principal fornecedor de carne suína, podem aumentar com o acirramento da guerra comercial entre as maiores economias do mundo
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A China lançou rapidamente uma retaliação as novas tarifas dos EUA, anunciando aumentos de 10% e 15% em taxas de importação que abrangem US$ 21 bilhões em produtos agrícolas norte-americanos
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“Haverá um redirecionamento do comércio após as tarifas de importação da China sobre os produtos norte-americanos”, disse Pan Chenjun, analista sênior de proteína animal do Rabobank em Hong Kong
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Cerca de metade das exportações de soja dos EUA vai para a China, embora o principal comprador do mundo tenha reduzido sua dependência das sementes oleaginosas norte-americanas desde o primeiro mandato de Trump
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Do ponto de vista da soja, os fornecedores sul-americanos provavelmente se beneficiarão. Os fornecedores de outras sementes oleaginosas, como a canola, também podem ser impulsionados
Dennis Voznesenski, analista do Commonwealth Bank
A China ainda depende dos Estados Unidos para cerca de dois terços de suas compras de sorgo, e o imposto de 10% de Pequim sobre o grão para ração animal provavelmente favorecerá os agricultores australianos
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Espera-se que as tarifas mais altas sobre o trigo dos EUA também favoreçam os fornecedores australianos, embora a China tenha reduzido as importações gerais de trigo nos últimos meses em meio à ampla oferta local
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