Abertura comercial reduz impacto de tarifas de Trump no Brasil? Entenda

Freepick

Os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil. Nessa história, a balança comercial – o saldo entre exportações e importações – é favorável para os norte-americanos, que ganharam US$ 283,8 milhões em 2024 com os negócios feitos com os brasileiros

Andrew Patrick Photo/Pexels

Ainda assim, o mercado dos EUA é crucial para o Brasil. Com participação de 12% nas nossas exportações, os norte-americanos compraram US$ 40,368 bilhões em produtos brasileiros ao longo de 2024

REUTERS/Marcos Brindicci

Entre os itens mais exportados para os EUA, destacam-se os “produtos semi-acabados, lingotes e outras formas primárias de ferro ou aço”. Esse grupo ocupa a 14ª posição entre os mais vendidos pelo Brasil e o 8º lugar na indústria de transformação

Pavel Chernonogov/Pexels

O Brasil é o segundo maior fornecedor de aço para os EUA, que, por sua vez, são os principais compradores desse insumo, desembolsando US$ 3,5 bilhões em 2024

Felipe Silva/Pexels

Mas o governo Donald Trump pode mudar esse cenário ao impor barreiras comerciais. Além de ter anunciado estudos para a aplicação de tarifas recíprocas, o republicano oficializou a taxação de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio

REUTERS

O economista da Fundação Getulio Vargas (FGV) Robson Gonçalves alerta que, se a economia norte-americana adotar uma postura mais isolacionista, será “difícil encontrar mercados que substituam um parceiro tão relevante; teremos que aumentar consideravelmente a produtividade”

Timothy Yiadom/Pexels

Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, destaca que o Brasil tem avançado na abertura comercial, o que pode minimizar os impactos das tarifas impostas pelos EUA

REUTERS/Paulo Whitaker

Desde o presidente Temer, a visão de abertura comercial mudou. Bolsonaro e Lula seguiram a ideia, [o atual presidente que inclusive] falou que vai ao Japão esse mês abrir o mercado de carne. Quanto mais países comprando, menor a chance de algum grande impacto

Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos

Diante da relevância das exportações brasileiras para os EUA, Jorge Viana, presidente da ApexBrasil, acredita que o governo deve manter a calma e avaliar o cenário com pragmatismo

Lara Jameson/Pexels

Tem que ter calma e entender que o Brasil tem na China o seu maior parceiro comercial e, nos Estados Unidos, um de seus grandes parceiros comerciais. A indústria americana, em algum momento, vai ter que comprar aço de alguém, ou negociando cotas ou com quem tenha menos conflitos. A atividade comercial tem que ser pragmática. É importante ter muita calma nessa hora

Jorge Viana, presidente da ApexBrasil