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Uma dieta rica em alimentos como uva, morango, açaí, laranja, chocolate, vinho e café pode reduzir em até 23% o risco de síndrome metabólica – conjunto de alterações hormonais e no metabolismo que eleva o risco de o indivíduo desenvolver doenças cardiovasculares
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Isso foi comprovado por um estudo realizado com mais de 6 mil brasileiros, o maior do mundo a associar os efeitos do consumo de polifenóis – compostos bioativos conhecidos por sua ação antioxidante e anti-inflamatória – na proteção de problemas cardiometabólicos
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Com o resultado da nossa pesquisa, não restam dúvidas: a promoção de dietas ricas em polifenóis pode ser uma estratégia valiosa para reduzir o risco cardiometabólico na população e prevenir a síndrome metabólica
Isabela Benseñor, professora da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) e coautora do artigo
Entre os 6.378 participantes analisados, 2.031 desenvolveram a síndrome metabólica. A condição é caracterizada pela combinação de pressão alta, obesidade abdominal, níveis sanguíneos elevados de açúcar (hiperglicemia), de triglicerídeos e de colesterol (dislipidemia)
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Na população estudada, o consumo de flavanol se deu principalmente a partir do vinho tinto, que, sozinho, contribuiu com quase 80% da ingestão total deste composto. O chocolate também foi um contribuinte importante, já que determinou 10% do consumo de flavanol nesta população
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Independentemente de diversos fatores de risco para a doença, como sexo, idade, tabagismo e atividade física, aqueles que ingeriram mais polifenóis tiveram até 30 vezes menos chance de desenvolver pressão arterial elevada, 30 vezes menos chance de apresentar resistência à insulina e 17 vezes menos chance de ter triglicerídeos aumentados
Renata Carnaúba, pós-doutoranda na Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) da USP, durante o pós-doutorado