Peter Schouten
A história de dois dos animais mais estranhos do planeta ficou ainda mais curiosa graças às pistas reveladas por um fóssil solitário que, segundo cientistas, representa um ancestral há muito tempo extinto
Reprodução/Museu Victoria
A nova pesquisa pode transformar o que se sabe sobre a evolução dos mamíferos mais primitivos que ainda existem
Dr. Philip Bethge/Wikimedia Commons
O ornitorrinco e a equidna, encontrados na Austrália e na Nova Guiné, são chamados de monotremados — um grupo único por incluir os únicos mamíferos que botam ovos
Gunjan Pandey/Wikimedia Commons
O ornitorrinco tem bico e pés palmados como os de um pato, além de uma cauda parecida com a de um castor. Esse pequeno animal passa boa parte do tempo caçando alimentos na água
Frederick Polydore Nodder/Wikimedia Commons
Já a equidna — conhecida como tamanduá-espinhoso — vive exclusivamente em terra firme, é coberta de espinhos pontiagudos e tem patas traseiras voltadas para trás, o que a ajuda a revirar a terra enquanto escava
Nachoman-au/Wikimedia Commons
Eles são um dos grupos definidores dos mamíferos. O mamífero típico da época dos dinossauros provavelmente compartilhava muito mais características biológicas com um monotremado do que com um cavalo, um cachorro, um gato ou conosco
Guillermo W. Rougier, professor do departamento de ciências anatômicas e neurobiologia da Universidade de Louisville
Por isso, acrescentou ele, os monotremados oferecem uma janela para as origens dos mamíferos na Terra
Klaus/Wikimedia Commons
Um novo estudo abre ainda mais essa janela. A pesquisa, liderada pela paleontóloga Suzanne Hand, revela a estrutura interna do único fóssil conhecido do ancestral monotremado Kryoryctes cadburyi, que viveu há mais de 100 milhões de anos
Peter Schouten
A descoberta dá suporte à hipótese popular — mas até então não comprovada — de que Kryoryctes seria um ancestral comum tanto do ornitorrinco quanto da equidna, e que, na época dos dinossauros, esse animal pode ter vivido ao menos parcialmente em ambientes aquáticos
Fir0002/Wikimedia Commons
A história primitiva desses animais incomuns, segundo Rougier, é “verdadeiramente crucial” para entendermos como os mamíferos — incluindo os humanos — surgiram
George Bennett/Wikimedia Commons